Confiança

O Nar-Anon me ensina a ter um atenção cuidadosa comigo mesma.Assim tenho ficado cada vez mais confiante de meus sentimentos de ansiedade ao pensar como parecem difíceis e distantes as mudanças daqueles que amo e pelo quais ainda me sinto meio dona responsável("Meu adicto"!?).Também percebo o quanto me desanima a dificuldade com minhas próprias mudanças no modo de pensar, sentir e agir. Fico tentada a me comparar com os outros, sinto-me ora inferiorizada os controladora e , então tento me desculpar, comigo mesma e com os outros, dizendo de maneira triste e sem graça : " È a minha doença...".

Em muitas outras oportunidades me assalta um verdadeiro "medo da vida". Será que vou conseguir? E ele/a conseguirá? E se ele/a recair? E se morrer? E se acontecerem outros episódios de polícia, doenças. sumiço, abandono? Que será de mim, dele/a, de nós? Por que tudo isso? Como irá acabar? Quando, meu Deus?

Temos um companheira que, ao ouvir alguns desses medos compartilhados, pergunta, sorrindo:"Afinal, você confia ou não num Poder Superior"?

Esses questionamentos, na verdade, refletem as dúvidas que ainda temos sobre pontos básicos como: Quem somos? O que devemos? O que podemos? Para que estamos aqui? E esse Poder Superior, o que pretende por que permite toda essa encrenca?

O Nar-Anon nos sinaliza que as respostas se revelarão de alguma maneira, a cada momento,um dia de cada vez, para cada um de nós. O programa nos sugere acreditar e então confiar em um Poder Superior que pode nos acolher.

[ Livro: Nar-Anon, um programa espiritual]