Culpa


Ao saber da adicção do meu filho concluí imediatamente que eu era a culpada. A idéia de que sempre agira de forma errada tomou conta de mim e perdi toda minha auto-estima. Por diversos motivos achava que meu filho se drogava por que eu não soubera educá-lo. Sentia remorsos por minhas palavras e por coisas que tinha feito ou deixado de fazer. O meu desespero aumentava quando membros da família me acusavam de não ter sido boa mãe e que por isso meu filho tinha se tornado drogado e marginal. Minha culpa era grande: ou me imobilizava ou me levava à facilitação. Tinha medo de tomar atitudes e dizia sim quando na verdade queria dizer não.
Quando conheci o Nar-Anon, aprendi que a adicção é uma doença física, emocional e espiritual e que eu não era responsável por ela. Pude eliminar meus sentimentos de culpa e hostilidade, melhorando assim a situação familiar. Liberta e com grande alívio passei a ter compaixão pelo sofrimento do adicto. Orientada pelos Passos 8 e 9, relacionei as pessoas que magoei e me dispus a fazer reparações, sempre que possível. Utilizando os lemas “Pense” e “Vá com calma” passei a tomar decisões mais sensatas e adequadas.

Reflexão de Hoje
Hoje sei que a programação, a literatura, os depoimentos e os companheiros exercem papel importante no meu processo de recuperação: sem culpa e com melhor auto-estima posso exercitar o perdão, começando por perdoar a mim mesma.

Alguém disse: Ele não pode fazer nada a respeito de seu futuro porque ainda está tentando fazer o ontem melhor”.

0 comentários:

Postar um comentário

Total de visualizações de página

Postagens populares

Usuários online usuários online