Medo
Desde criança sempre tive muito
medo de tudo. Quando adolescente continuei a ser medrosa e tímida.
Casei-me e quando percebi que meu marido era adicto meus medos
aumentaram ainda mais. Passei a ter medo de não ser boa esposa, de
não conseguir manter o casamento, de não ser boa mãe, de não
honrar nossas contas e medo do futuro. As noites mal dormidas, as
expectativas não confirmadas, as esperanças não concretizadas, as
aflições que sentia somente pioravam a minha qualidade de vida.
Quando o fim do casamento chegou,
confirmando o meu medo, minha insegurança aumentou, reduzindo ainda
mais minha auto-estima. Para complicar as coisas, descobri que também
meu filho era adicto. Fiquei com muita raiva, revoltada e sentindo
muita culpa porque não tinha sabido criar meu filho. Por causa do
medo me acovardava, sentia-me sem forças e girava em torno do adicto
e de seus problemas sem viver minha própria vida. O ressentimento
estava sempre presente em meu coração.
Felizmente, conheci o Nar-Anon que
foi a minha salvação. Aprendi a ter fé, esperança e que o medo
era resultado da minha expectativa de que coisas ruins iam acontecer.
Hoje procuro aumentar minha auto-estima, não ter expectativas,
eliminando meus medos e me fortalecendo para poder enfrentar
eventuais problemas. Sou muito grata ao meu Poder Superior e aos
companheiros de sala que me aceitam como sou e me ajudam a superar as
crises.
Reflexão de Hoje
Como aprendi que medo e fé não
caminham juntos, sei que se tenho medo é porque minha fé precisa
ser aumentada.
“Quando o medo persistiu, nós
já o conhecíamos e fomos capazes de lidar com ele. Começamos a ver
cada adversidade como uma oportunidade enviada por Deus para
desenvolver a espécie de coragem que nasce da humildade, não do
desafio.”
Bill W. no livro“Na Opinião do
Bill”
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